Só algumas das mulheres tem as vantagens que desvrevi no post anterior...
A violência contra as mulheres não é um problema de mulheres: é um problema dos homens, é um problema de toda a sociedade.
Os direitos das mulheres são inalienáveis e constituem parte integrante dos direitos humanos : Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos ( Viena 93).
A discriminação contra as mulheres não viola apenas os direitos fundamentais e o respeito pela dignidade das mulheres, mas impede as mulheres de contribuírem e de participarem na vida política, social, económica e cultural, a nível nacional e internacional, em condições idênticas às dos homens. A violência contra as mulheres é uma mancha negra que envergonha toda a humanidade. Fenómeno tão extenso que, segundo está apurado, as mulheres dos 15 aos 44 anos são mais susceptíveis de ser afectadas ou mortas como consequência de violência masculina que em consequência de cancro, malária, acidentes de viação ou guerra. As Nações Unidas referem que 200 milhões de mulheres desapareceram: mulheres que deveriam ter nascido ou crescido mas que foram mortas por infanticídio ou aborto selectivo. A África do Sul regista a maior incidência de violação no mundo. Uma mulher é violada em cada 20 segundos; e só uma em 35 apresenta queixa na polícia.
Os movimentos sociais, os movimentos de direitos cívicos, os movimentos de mulheres desenvolveram acções meritórias no sentido do reconhecimentos da cidadania das mulheres: actualmente, praticamente em todo o mundo, as mulheres têm o direito de votar e ser eleitas. Mas ainda não se assegurou às mulheres o direito à vida, à sua integridade como pessoa, o direito à dignidade humana. As mulheres são batidas, compradas e vendidas, ameaçadas de vários modos.
Na Irlanda em 98 mais de metade das mulheres assassinadas foram-no pelos seus companheiros ou maridos. Na Finlândia 22% das mulheres sofreram de violência por parte dos seus companheiros. Em Portugal, por semana, cerca de 6 mulheres, em média, são vítimas de crime contra a vida, praticados por homens. E os exemplos poderiam continuar.
Como afirma uma poeta portuguesa ( Sophia de Mello Breyner) "Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar".
domingo, 8 de março de 2009
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